Infância memorável


Hoje quando a minha mãe chegou do trabalho eu estava no quarto usando o computador e fui abrir o portão pra ela entrar. Ela me disse boa tarde e me desejou feliz dia das crianças, eu sorri. Acho que foi no ano passado que o meu pai também me desejou feliz dia das crianças. Pra eles eu sou o primeiro filho que foi muito desejado, a minha mãe tentou engravidar durante 8 anos, ela fez um tratamento e conseguiu engravidar. Durante toda min:a infância eu fui amado pelos meus pais, eles sempre fizeram questão de demonstrar amor por mim. Todos os anos eles organizavam uma festa de aniversário, eu ganhava muitos presentes. Meus pais sempre foram sociáveis e por isso vinham muitas pessoas e crianças nas minhas festas, até nós temos as fotos. Eu também me recordo de alguns passeios pra lagoa e praia que eles me levaram. Meus pais estavam sempre atentos a mim, pra me proteger, me orientar, me aconselhar. Nem tudo foi perfeito, eu também apanhava quando fazia algo que eles achavam errado, muitas vezes eu quis fazer algo e eles não permitiam. Lembro muito da casa onde eu morei até os 11 anos, meus pais tinham uma pequena mercearia, muitas vezes eu atendia os clientes, muitas vezes eu comia os doces que eram pra vender e a minha mãe dizia que eu comia todo o lucro hahaha. Lembro que eu sempre gostei de gatos, eu criei vários e chorei muito quando eles morriam algumas vezes envenenados. Me lembro do primeiro gato, ele estava muito doente e minha mãe me deu um pedaço de fígado pra dar pra ele, mas acho que ele não sobreviveu. Eu tive dois cachorros, o snoopy que parecia muito com um cachorro que meus pais criaram antes de eu nascer, o meu primo levou pra ficar lá em casa enquanto ele viajava, mas ficou pra gente criar. Em 2001 o meu pai deu ele pra uma pessoa que eu não conheço. Também criamos dois porcos filhotes dentro de um anel de cimento, o meu pai pediu pra minha mãe me levar no mercantil e quando nós voltamos os porcos não estavam mais lá no quintal, meu pai vendeu pra alguém. Eu também criei uma cachorra que o Valdeci um colega meu me disse pra ir buscar na casa de uma mulher que estava doando os filhotes, eu escolhi a marrom e coloquei o nome dela de pantufa. Ela ficou grnindo de noite e minha mãe fez leite pra ela. Quando nós fomos morar em outra cidade o meu pai deu ela já prenha pra vizinha contra minha vontade. No dia eu colocava ela no quintal da vizinha e ela pulava muro de volta pro quintal da nossa casa. Nós também criamos um carneiro que o meu pai arranjou, eu e meu irmão brincávamos com ele é ele dava cabeçadas em nós, quando os chifres dele cresceram e ele derrubou meu irmão, o meu pai deu ou vendeu o carneiro pra alguém. Me lembro que eu tinha meus primos crianças pra brincar e as crianças dos vizinhos. Eu acho que nunca consegui uma amizade de verdade, porque eu tinha alguns desentendimentos e implicância com aqueles que eu pensava que eram os meus amigos. Lembro que a minha mãe me disse quando eu era criança que os únicos amigos de verdade que eu tinha era meu pai e minha mãe, eu entendi que ela estava certa. Me lembro que eu tinha uma imaginação fértil, eu criava estórias, inventava brincadeiras, explorava o quintal de casa. Eu também usava muito a imaginação vendo os programas infantis, eu fui muito fã da novela chiquititas, que despertou em mim o sonho de ser ator. Quando a primeira temporada da novela acabou eu chorei muito e depois fiquei muito alegre quando vi que ia ter outra temporada. A minha mãe fazia o papel de amiga, conselheira, educadora. O meu pai fazia o papel de autoritário, protetor, resolvedor de problemas. Eu era uma criança sonhadora, inteligente, tímida, traquina.

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